E lá estava eu novamente em mais uma maratona na cidade de São Paulo.
Ao contrário das corridas fora do país, que sempre são antecedidas por muita expectativa e planejamento, correr uma maratona perto de casa é um evento muito mais simples, mas nem por isso, menos especial.
Vale ressaltar que o tal planejamento citado acima nem sempre está concentrado especificamente nas maratonas em si, mas nas viagens.
O que eu consigo me lembrar bem no caso desta versão da Maratona de São Paulo é que o dia amanheceu com um sol de brigadeiro, o que seria uma ótima notícia para a grande maioria dos corredores.
Em princípio, isso também seria agradável para mim, mas o problema em São Paulo sempre residiu na temperatura.
Em determinado ponto, mais ou menos entre os quilômetros 23 e 26, o trajeto passa pela Avenida Politécnica na USP - Universidade de São Paulo e, como sou amador, meu tempo me obriga a correr este trecho sob sol a pino, numa temperatura que pode chegar a mais de 30 graus Celsius. Sem considerar que isso ocorre em um momento em que ainda faltam mais de 15 km para o final.
Por sorte, como essa corrida ocorreu no mês de junho, quase no início do inverno, estava calor, mas bem mais ameno do que quando a prova ocorre no segundo semestre.
Para ser sincero, não ficou dessa maratona nenhum acontecimento que a deixasse identificada na memória, a não ser por ter utilizado a vantagem por estar correndo esta longa e difícil prova pela sétima vez. Podem ter certeza, essa experiência permitiu que eu tivesse o completo controle sobre minha performance.
Não posso me esquecer de citar que, mais uma vez, tive o suporte a partir do Km 37 de minha super companheira e filha Cecilia.
Chegamos juntos e sem problemas, com direito a mais uma foto para o registro obrigatório.
Como é bom enfrentar desafios em boas condições! Embora nem sempre saibamos previamente se elas serão suficientes para nos levar até o final, pois nem tudo é tão previsível, pelo menos sabemos que serão referências essenciais e muito bem-vindas.
A analogia desse relato com outras áreas de nossa vida é plenamente adequada e correta. Assim também, as coisas acontecem tanto em nossa vida pessoal quanto profissional.
Nem sei quantos desafios já enfrentei, aliás, eles permanecem presentes e constantes em todos os meus dias desde sempre. Aqui entre nós, ainda bem.
Às vezes frequentam nosso cotidiano e nem nos surpreendem de tão corriqueiros que são. Outras vezes são inesperados, estrondosos e se manifestam como se quisessem nos engolir, ou no mínimo nos fazer sucumbir.
A diferença deles com uma maratona está basicamente no fato de que nós mesmos buscamos as corridas deliberadamente. A diferença deles com uma maratona está basicamente no fato de que nós mesmos buscamos as corridas deliberadamente. A diferença deles com uma maratona está basicamente no fato de que nós mesmos buscamos as corridas deliberadamente. Embora difíceis, elas são uma forma estranha de prazer, onde chegar é a meta da grande maioria, mesmo que nos coloquem no limite de nossa capacidade física.
No esporte, esses desafios são bastante comuns e configuram a essência de um projeto de realização pessoal.
Mas os outros desafios, aqueles maiores e que normalmente nos pegam de surpresa, esses precisam de um tipo de preparação bastante diferente e não convencional.
Eu nomearia esta preparação de: “estar pronto para o que der e vier”.
Fácil falar, mas como podemos nos preparar para aquilo que não conhecemos?
Para uma maratona, podemos seguir um plano de treinamentos e se ele for seguido corretamente, um grande passo para o sucesso já estará dado.
Mas e os grandes desafios? Como podem ser enfrentados com maiores chances de sucesso se nem imaginamos como serão?
Embora eu não seja dono de qualquer receita infalível, pelo menos posso compartilhar a estratégia pessoal que aplico para enfrentá-los. Vale também dizer que apesar de me considerar um vencedor, já perdi diversas vezes. Como qualquer pessoa normal, não gosto de perder, mas o que podemos fazer? Assim é a vida, às vezes ganhamos, outras vezes não. Uma coisa é certa, sempre devemos buscar aprender muito a cada derrota, a cada queda. E sempre usar esse aprendizado para se levantar e seguir em frente, normalmente ganhando bem mais que perdendo.
E se posso listar alguns pontos que integram esta forma de estar pronto para o que vier, eu citaria:
Esteja sempre atento, pois os desafios nunca dormem.
Outra coisa, não acho saudável gostar de problemas, mas gostar de decifrá-los e não ter preguiça para resolvê-los, isso sempre me rende bons resultados.
Nunca menospreze a ajuda que sua rede de contatos pode lhe dar, aliás, quanto maior e mais qualificada ela for, melhor para você.
Busque conhecimentos novos sempre, em todos os dias de sua vida.
Não cultive comportamentos convencionais e baseados em sucessos do passado. Este novo tempo que vivemos, exige que pensemos “fora da caixa”, que sejamos disruptivos.
Tenha o hábito de fazer mais perguntas do que se orgulhar em dar respostas.
Escute mais e fale menos.
Mantenha sua fé inabalável. Nem sei o que seria de mim sem ela! Aliás, creio que meus medos, frustrações e desânimos a conhecem muito bem.
Desenvolva competências comportamentais: resiliência, visão sistêmica e comunicação, são apenas algumas, mas fazem tanta diferença!
Não desperdice sua energia, pois precisará muito dela quando grandes desafios aparecerem.
E quando isso ocorrer, enfrente-os de frente. Acredite, o pior desafio é aquele que, por qualquer motivo, escolhemos não enfrentar.
Enfim, mentalize seu sucesso, acredite nele, e o resultado de sua atitude será somente uma boa consequência.
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