Este livro não trata somente da maravilha que é para o ser humano o enfrentamento deliberado de seus desafios, mas também e principalmente dos aprendizados transformadores que esse processo lhe proporciona.
Não estou falando somente de desafios deliciosos como são as maratonas que dão título a este singelo texto, mas também daqueles que surgem à nossa frente como consequências de nossas escolhas e de nossos papéis na sociedade. Desafios nos quais decidimos assumir o papel de protagonistas. Desafios que nos trazem resultados concretos, mesmo que estes se resumam a um punhado de lições aprendidas. Que trazem coisas boas e, às vezes, não tão boas. E que, finalmente, deixam como legado a força de nossos valores e a riqueza de nossa marca pessoal.
Afinal, o pior dos desafios é aquele que, por qualquer motivo, decidimos não enfrentar. Pois, se isso vier a ocorrer, não aprenderemos nada e, assim, abandonaremos o caminho que poderia nos levar a nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos.
Apesar de minha paixão pelas corridas e caminhadas, reconheço humildemente que não sou nem mesmo uma rudimentar referência no assunto.
Por outro lado, não diminuo a importância do que já consegui fazer nas ruas e avenidas mundo afora, afinal coleciono mais de 250 corridas de rua de diversas distâncias, sendo que 25 delas foram maratonas de 42,195 Km (quarenta e dois quilômetros e cento e noventa e cinco metros).
Escrever é algo sempre agradável para mim, mas especificamente este texto superou as minhas melhores expectativas. Reencontrar as medalhas conquistadas e bem guardadas entre as minhas relíquias mais valiosas, rever as fotos que registraram as emoções nos diferentes locais onde as maratonas ocorreram e até mesmo resgatar os números de peito que usei em todas elas, tudo foi muito especial.
Esta sublime sensação foi a melhor inspiração para as histórias que compuseram este livro.